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terça-feira, 30 de outubro de 2012

O despertar do " Poder Interior ".





''Em nossas loucas tentativas, renunciamos ao que somos pelo que esperamos ser.''





Há exatamente 9 anos atrás eu decidi ir em busca de minha própria verdade interior, não mais suportava tantas ideologias e filosofias que simplesmente não respondiam mais minhas perguntas internas, estava cansado de tantas proibições, e nenhum resultado concreto, sobre a real existência da espiritualidade e das manifestações da consciência. Nessa jornada de auto-conhecimento, me deparei com realidades tão incríveis de um potencial ilimitado, e que vai além de religiões, crenças e valores pré estabelecidos pelo homem, foi a melhor escolha que fiz. A descoberta dessa verdade intrínseca e interior, aliada a força da vontade me impulsionaram a grandes descobertas, sobre o para-psiquismo, sobre a relevância de que,  a consciência ao elevar-se, muda os padrões existenciais da dúvida, do medo e do engano, fazendo-nos despertar pra o que realmente importa.
A maioria de nós ainda vive num módulo de sonhar acordado. O que não é muito diferente do sonhar dormindo. A diferença é apenas de grau, de quantidade não de qualidade. A ideia de que boa parte da humanidade ainda vive neste estado paradoxal é absurda e inadmissível para muitos, pois o estado de consciência da média ainda não alcançou a potência e a profundidade interior necessária para tornar o ser desperto. O ser desperto é aquele que deu o próximo passo na forma em como percebe e manifesta a sua realidade. Enquanto sonhamos não percebemos os mecanismos das coisas; o que torna muito difícil o existir na realidade cotidiana bem como no nosso mundo interior. É importante entender que o estado de sono ou de inconsciência é inversamente proporcional ao nível de potência interna. A potência interior está diretamente associada com a intensidade de consciência. Quanto maior a potência interna maior o canal de consciência. Isto significa que a consciência se torna mais abrangente e aguda, permitindo desvelar as camadas mais profundas da existência e do próprio ser.
É magnífico constatar que todo o potencial está presente a nossa volta. Sempre esteve e sempre estará disponível. Bastando apenas a presença de uma consciência mais intensa para torná-los visíveis. Poderíamos elucidar esta ideia com uma analogia muito simples, a partir da qual a consciência se torna uma lanterna que ilumina um ambiente escuro e a medida em que se intensifica sua luz certos objetos são percebidos naquele ambiente. Portanto, os conceitos de criação e de realização poderiam ser resumidos como a percepção de algo novo na realidade, ou seja, de um novo potencial. Perceber é criar! Estamos todos numa dança existencial, cada um, quer seja consciente ou inconsciente, está sendo compelido, impulsionado a encontrar o seu compasso e o seu ritmo nesta grande dança cósmica.
 E o compasso individual é a potência interior. Tudo no universo é potente. Da grandeza de um astro à grandeza de um átomo. De uma simples célula à organismos complexos. Todos possuem potência, isto é, o impulso para o desenvolvimento, a transformação e a realização plena. Tal impulso pode ser inibido e na escala humana isto acontece com o Homem. E o resultado é a constatação dramática da ausência de sentido e do valor da singularidade de seu próprio ser. A queda da potência interior, o enfraquecimento da consciência tornou-se um dos fenômenos mais corriqueiros no cotidiano humano, levando ao conformismo de uma existência pálida, sem brilho, sem intensidade e dominada pelo medo. É importante frisar que a elevação da potência interior, aumenta o escopo da consciência, fazendo com que o processamento das experiências se dê de maneira muito mais fácil, pois com o aumento do fluxo de consciência há o aumento do fluxo de facilidade. E o fluxo de facilidade é a condição primeira para a felicidade. A consciência traz o conhecimento dos mecanismos até então ocultos dos fenômenos que determinam o funcionamento da estrutura do ser bem como da realidade.
 A causa primeira e última que provoca a queda da potência interna é a dispersão e dissipação da energia. Todos nós possuímos um centro superior, auto-motivado e infinitamente inteligente. Poderíamos chama-lo de - a essência mais profunda do ser ou o "si mesmo". Quando a energia é condicionada a fluir para fora, de alguma maneira nos desligamos deste centro, nos afastando de nossa base mais profunda. Boa parte do tempo vivemos distantes deste centro. Quando isso acontece usamos diversas formas de afirmação para interpretarmos o desligamento do centro, tais como: "Estou me sentindo péssimo"..... " Estou confuso"..... " Não sei o que fazer"..... "Estou perdido".etc.. Um ponto relevante é que muitos ainda não conseguem perceber ou sentir a existência deste centro o que os levará inevitavelmente a experiências de alto impacto para o despertar da percepção do centro. Este centro mobiliza o nosso mundo interior e possui múltiplas conexões com o universo. Todavia, quando estamos desligados do nosso centro, o mesmo não encontra as condições necessárias e básicas para elevar a potência interna, pois toda energia utilizada para a dinamização interior "escoa" para fora. O condicionamento do fluxo de energia pessoal para fora acontece à medida em que não nos damos força, o que nos leva a um comportamento primariamente reativo. A maioria das pessoas não dá força para si mesma, pois desenvolvem a crença de ser uma idéia formulada pela mente, um eu. E este eu é treinado a corresponder apenas ao externo.
O estado de identificação com este pensamento, o eu, é o que nos aprisiona na inconsciência e num modo perpetum de dissipação de energia e de baixa potência. Boa parte das pessoas que se mantém neste estado de identificação com o eu, dificilmente realizam o seu potencial, pois, este eu, em si é impotente e vazio, uma vez que o mesmo é apenas um conceito mental. A amplificação de nossa potência requer que mudemos o curso da energia, de modo que a mesma ao invés da dispersão, flua para dentro aumentando a sua concentração. É importante cruzarmos a fronteira do preconceito e experimentarmos a possibilidade de existirmos além, num lugar dentro de nós em que nos permitimos ser "si mesmo". Para tanto, é essencial entendermos que existe duas dimensões no ser humano. A primeira, é uma área virtual, infelizmente programada para negar o bem e suprimir a livre expressão do ser: a mente condicionada; mais especificamente, o fluxo caótico e desorganizado de pensamentos, que compõem " as vozes da cabeça" e que inibe a potência, a força livre de expressão e realização do Ser.
 A segunda, plenamente real, conhecedora e infinitamente inteligente - o centro, ao qual devemos nos entregar completamente. Esta é a área que emana múltiplas sensações, tecendo as verdades mais profundas que habitam o nosso interior e que age como uma verdadeira "bússola de navegação interna" nos direcionando e nos revelando aquilo que realmente é compatível com a nossa expressão singular. Aprender a se orientar pelo que se sente e não pela cabeça é a chave para a ampliação da consciência, logo da potência. Entregar-nos a este centro de força e poder é nos entregar e nos render completamente as nossas sensações. Pois quando recuperamos o contato com as nossas sensações, respeitando-as, gradualmente passamos a aprimorar a comunicação com o centro interior.
Aquilo que a princípio era apenas sensações discretas e distantes, agora se manifesta como um agrupamento de informações profundas, capaz de nos orientar sabiamente. Como se de repente um sábio atemporal dotado de um poder infinito acordasse dentro de nós e nos mostrasse o caminho, conduzindo-nos graciosamente para um mundo de pura satisfação e realização. Este é o destino o qual iremos inexoravelmente chegar. O ponto de potência máxima e de realização plena. A terra prometida da felicidade e da paz verdadeira que nunca esteve distante e sim nós que nos afastamos dela. Pois esta Terra nunca foi criada e nem vai deixar de ser. Ela habita em nós e nós habitamos ela. E neste momento, estamos voltando a ela, voltando para o Ser verdadeiro, a única coisa Real e eterna.

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