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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Fonoaudiologia - Alzheimer



A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.

A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são conhecidas como características da doença.

Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.

Estudos recentes demonstram que essas alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento de sintomas demenciais. Por isso, quando aparecem as manifestações clínicas que permitem o estabelecimento do diagnóstico, diz-se que teve início a fase demencial da doença.

As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea. As áreas comumente mais atingidas são as de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas.

Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.



Foi o alemão Alois Alzheimer responsável pela descrição da Doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer, descoberta em meados do século XX. Os efeitos começam a ser percebidos a partir da terceira idade. Sua ocorrência tem como principal fator a perda das funções intelectuais do idoso, tais como déficit de memória, alteração de comportamento, letargia no pensamento, mudanças emocionais, entre outros. Consequentemente, o portador da doença pode apresentar depressão, regressão, apatia e falta de noção de tempo e espaço.

Por ser uma doença que progride com o passar do tempo, a atuação do Fonoaudiólogo se faz necessária, visto que em termos de comunicação o paciente passa a ter grande prejuízo na linguagem, a fala começa a ficar entrecortada, a composição de frases ficam sem sentido etc.

Sendo assim, o tratamento mais eficaz é através do estímulo e resposta, de modo que a participação da família é primordial para que o acometido pelo Mal de Alzheimer apresente quadros de melhora relativamente positivos. Elogios em atividades estimuladas pelos familiares devem ser constantes, resultando em aprendizagem e memorização.

Veja algumas dicas de como retardar os efeitos da doença degenerativa:

1- Com a intenção de orientar a noção de tempo e espaço é preciso que o calendário esteja em local de fácil acesso, a fim de que o portador do problema saiba qual o dia e o mês em que está;

2- Constantemente, o paciente deve ser estimulado a verificar as horas, para que seja adotada uma rotina no qual ele não se sinta ansioso e nem sofra alterações emocionais;

3- Não alterar a localização dos móveis, de modo que o paciente possa ter dificuldades com alterações no ambiente doméstico;

4- A nomeação das coisas e a troca verbal deve ser atividade constante, para que através da comunicação e da audição os mecanismos cognitivos estejam sempre em atividade;

5- Uma pergunta deve ser seguida sempre com opções de respostas, sendo, se possível, mostrado os objetos: Você quer usar calça ou shorts (por exemplo);

6- Estímulo à participação de atividades diárias;

7- Em ambientes atribulados, ou seja, com baixa tranquilidade, o idoso perde concentração e a capacidade de manter a calma. Dessa forma, é recomendado que ele esteja em locais tranquilos;


Ref: http://www.centraldafonoaudiologia.com.br/tratamentos/fonoaudiologia-alzheimer

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