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quinta-feira, 5 de abril de 2018

A natureza do sono e dos sonhos






Sono (do latim somnus, com o mesmo significado) é um estado ordinário de consciência, complementar ao da vigília (ou estado desperto), em que há repouso normal e periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros vertebrados, pela suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária.

Ao dizer-se complementar, em conjugação com ordinário, quer-se significar tão somente que, na maioria dos indivíduos (com destaque, aqui, para os humanos), tais estados de consciência alternam-se, complementando-se ordinária, periódica e regularmente.

O estado de sono é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais típico, essencialmente diferente do padrão do estado de vigília, bem como do verificado nos demais estados de consciência. Dormir, nesta acepção, significa passar do estado de vigília para o estado de sono. No ser humano, o ciclo do sono era formado por cinco estágios, mas atualmente são quatro, pois os estágios N3 e N4 fundiram-se em N3, e duram cerca de noventa minutos (podendo chegar a 120 minutos).[carece de fontes] Ele se repete durante quatro ou cinco vezes durante o sono. Do que se tem registro na literatura especializada, o período mais longo que uma pessoa já conseguiu ficar sem dormir foi de onze dias.

Os fins e os mecanismos do sono ainda não são inteiramente claros para a ciência, mas são objeto de intensa investigação

Pode definir-se sono como "um período de repouso para o corpo e a mente, durante o qual a volição e a consciência estão em inatividade parcial ou completa". Já Friedman (1795-1827) definiu sono como "sendo o desencadear deliberado de uma alteração ou redução do estado consciente, que dura muitíssimo, em média 8 horas (…) tendo início sensivelmente à mesma hora, em cada período de 24 horas, e (…) resultando, geralmente, em sensação de energia física, psíquica e intelectual restabelecida".

Existem várias definições do sono apresentadas por diferentes autores, e, no geral, complementam-se umas às outras.

O sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença, enquanto a privação deste pode afetar a regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária.

O total de horas de sono para uma pessoa adulta está normalmente entre as sete e as oito horas.

Enquanto dormimos, passamos por diferentes fases do sono, e cada uma realiza atividades fundamentais para o organismo.

Estas fases do sono ocorrem em ciclos que duram, aproximadamente, de 90 a 110 minutos, e que se repetem de quatro a cinco vezes por noite.



De modo geral, nosso sono é dividido em duas fases principais: NREM, do inglês “Non-rapid Eye Movement” (movimento não rápido dos olhos), e REM, ou Rapid Eye Movement (movimento rápido dos olhos).

A primeira delas corresponde a 75% do período do nosso sono, e é dividida em quatro estágios:

Estágio 1: é quando os primeiros indícios de sono estão aparecendo. Ocupa de 4% a 5% da noite e nele ocorre a liberação da melatonina, hormônio que induz à sonolência.
Estágio 2: durando, em média, de 5 a 15 minutos e abrangendo 45% a 55% da noite, no estágio 2 o ritmo cardíaco é reduzido, relaxam-se os músculos e a temperatura do corpo cai. Embora seja um sono leve, acordar o indivíduo começa a ser mais difícil.
Estágio 3: a partir deste estágio, que ocupa de 4% a 6% do tempo, o corpo funciona lentamente. Além disso, o sono vai ficando mais profundo, o coração bate devagar e a respiração fica leve e lenta.
Estágio 4: semelhante ao estágio 3 e com duração de cerca de 40 minutos, aqui a diferença é que o sono está em um nível ainda mais profundo.
A etapa seguinte corresponde à fase REM (referida também como o quinto estágio do sono), que envolve de 20% a 25% do tempo de repouso.

É o momento do sono restaurador, no qual os sonhos ocorrem. A respiração torna-se superficial, rápida e irregular, seus músculos ficam imóveis e os olhos começam a se mover rapidamente, devido à intensa atividade cerebral.

Conforme os ciclos passam e o momento de acordar se aproxima, o tempo gasto no sono REM aumenta e os estágios de sono profundo diminuem.

SONHOS

O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para Freud, os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido.[1] Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Para a psicanálise o sonho é o "espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos". O pesquisador James Allan Hobson considerou "os sonhos como um mero subproduto da atividade cerebral noturna". (1) Existem duas fases do sono. A primeira é o sono de ondas lentas, em que a atividade do cérebro é baixa e, por isso, não se formam filmes em nossa mente, apenas pensamentos mais ou menos normais que passam em uma espécie de tela escura, em imagens. Já a segunda fase é de alta atividade e nomeada REM - sigla em inglês para "movimentação rápida dos olhos" (Rapid Eyes Movement). E é durante a fase de REM que os sonhos ocorrem, pelo menos nos adultos.

Sonho e Freud
Foi em 1900, com a publicação de A Interpretação dos Sonhos, que Sigmund Freud (1856-1939) deu um caráter científico à matéria. Naquele polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investidas completamente novas, definindo o conteúdo do sonho, geralmente como a “realização de um desejo”. Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria um despiste do superego (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou não dos conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.

Sonho e Jung

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, baseado na observação dos seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.

Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente conteúdos do inconsciente. Entre essas personagens, estão a anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade). Esta última, nos sonhos, são os vilões. Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra), para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de ideias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização.

Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos para Jung não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha. A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, desenvolvida por Jung

Pesadelo - é um sonho penoso com sensação de opressão torácica e dispneia, terminando por um despertar sobressaltado ou agitado e com ansiedade.




PESADELOS

É uma perturbação qualitativa do sono, ou seja, um distúrbio que se passa na nossa cabeça enquanto dormimos (parasónia), na maior parte das vezes de origem psicoafetiva, embora não seja de excluir a sua etiologia comicial. Acontece quando seu cérebro cria uma situação e faz com que nós achemos uma solução.

A palavra nightmare, que em língua inglesa significa "pesadelo" dizia respeito, nos anos de 1600, exatamente a um demônio (o incubus e sucubus ) que vinha e sufocava as pessoas enquanto dormiam.

A fonte dos pesadelos são uma serie de pensamentos negativos que quando armazenados em grande escala tomam conta dos pensamentos enquanto se dorme em forma de imagens e sons criados pelo cérebro







Ref: https://www.bedtime.com.br
https://pt.wikipedia.org

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