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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Poema Projector

São zilhões de galáxias girando em minha pequena cabeça agora, posso ver a rotação num piscar de um olho só. Parece que a imensidão escura do infinito brilha mais do que a lanterna do meu pai no dia de Salusa dos navegantes siderais.
Tem planeta que parece algodão doce, outros tem sabor de queijo, alguns tâmaras, mas como assim, eu nem conheço o sabor delas? Mas aqui, os sentidos se aprumam tanto, que nada disso importa e a pele fica tão translúcida que posso ver a energia passando em minhas correntes arteriais. O único problema aqui agora é o nevoeiro, não dá pra ver direito as consciências teleguiadas no cosmo.Vejo um túnel, parece caminhos de minhoca, mas, onde será que este lugar leva, em outras dimensões? outras atmosferas? Ou será um caminho longe demais pra tentar entender.
Acho que vou voltar, as consciências aqui, me olham como se visse um estranho azul chegar. Este ainda não é o meu lugar, é só uma projeção, um desdobramento de mim mesmo na alforria do meu corpo mortal.
Volto para o lugar de onde eu vim, pelo cordão de prata que liga a mim a mim mesmo. Espero outra vez , e mais outra, e quantas vezes preciso for voltarei a ser este que realmente sou, mais do que um corpo físico, frágil, mortal e descartável. Mas uma consciência reurbanizada e imortal, que tenta entender como aqui funciona, e o que é preciso fazer pra elevar e expandir uma parte adormecida da minha pequena luz.

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