Bode Expiatório.:.
❝O termo baphomet advém do casamento de duas palavras de origem grega, 'Baph' & 'Metis', e significa renascimento ou 'batismo de sabedoria'. Sua figura é hoje tão amplamente divulgada quanto erroneamente compreendida; entretanto, acima da superficialidade dos espíritos zombeteiros, ele permanece como o grande ícone do hermetismo.
Sob olhos medíocres ele inspira malignidade, mas para os Iniciados trata-se de uma fonte inesgotável de saber. Ele é a um só tempo o amálgama das tradições místicas do ocidente e um tratado oculto de primeira importância. Se todos os Livros das Sombras fossem queimados, a perpetuação desta imagem seria a garantia de sobrevivência da Gnose Universal.
Coube a Eliphas Levi a inspiração de cunhar a imagem final que temos hoje, mas em realidade o 'Bode de Mendes' (ou Bode do Egito) é encontrado, no todo ou em parte, nos círculos esotéricos. Cada um dos elementos que o constitui possui um rico significado, são símbolos cuja extensão parece não ter fim e revelam o Universo no micro, meso e macrocosmo.
Tanto o Bode quanto o Carneiro representam a 'força vital', fertilidade, estando portanto intimamente relacionados a Magia Sexual (veja nossos artigos anteriores). Enquanto o Carneiro é símbolo do solar, o Bode corresponde ao lunar. Ambos sinalizam o aspecto 'positivo' e 'negativo' da tradição. Ao símbolo do 'Carneiro' é dado uma maior relação com a religião, a visão externa, exotérica; ao símbolo do 'Bode' estão ligadas as associações iniciáticas, internas, esotéricas.
Estas polaridades cósmicas (Carneiro & Bode, Exotérico & Esotérico), ao longo da história, entraram em marcial enfrentamento embora representem vias irmãs. Enquanto na Igreja medieval Jesus era exaltado como 'o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo', círculos secretos de Bruxas viam na figura do Bode a encarnação dos antigos Deuses Cornudos.
Ao analisar pormenorizadamente os arquivos do processo Inquisitorial contra a 'Ordem dos Cavalheiros do Templo', os Templários, verificamos que inúmeros relatos desenham a presença de uma 'cabeça barbuda', 'crânio de bode' ou 'bode barbudo' no âmago dos ritos internos. Estas mesmas idéias os Templários carregaram consigo e as reintroduziram em outras organizações que culminaram, em parte, no que conhecemos como Maçonaria.
O tifão Baphométco é um ser predominantemente lunar e lunático; ancora os preparados mas enlouquece os incautos! Trazê-lo para o mundo particular tanto pode abrir portas quanto escancarar precipícios; por isso, antes de tudo, é necessário estar senhor de si, pois nem todos estão prontos para fixar o olhar por muito tempo no XVº Arcano.❞
Por:Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz.©
A Alquimia é uma ciência com origens na Antiguidade, mas é conhecida por ser amplamente comentada ao longo da Idade Média.
Os mestres alquímicos eram senhores sábios, que detinham o conhecimento da religião, da medicina, da magia, da metalurgia e de outras ciências que hoje conhecemos separadamente. Um dos principais objetivos dos mestres alquímicos era transformar o chumbo em ouro e é evidente que isso não pode ser lido somente de forma literal. Como detentores de um grande conhecimento em uma sociedade em que a grande maioria das pessoas era iletrada, bem sabiam que a sabedoria tem um poder transformador e que separado de um mundo profano e mundano, também existe um mundo divino e sagrado.
No tarot de Marselha,
o melhor arcano que
representa o princípio
solve é a carta da
Torre.
Existe um princípio na Alquimia que em latim é conhecido como solve et coagula: traduzindo, fica algo como "desmontar", "separar" e "juntar" ou "unir". Ou seja, solve et coagula não é só um princípio básico das transformações dos metais e da química, mas um princípio da própria transmutação da natureza do homem através do conhecimento. O chumbo representaria a ignorância e o desconhecimento das coisas sábias e sagradas, é o homem profano, ignorante.
Através do conceito de solve, destruímos nossas concepções tradicionais sobre o mundo e as pessoas. Abandonamos também as práticas que antes considerávamos corretas, mas que quando conhecemos um novo mundo tornam-se totalmente equivocadas. Solve é aplicado aos nossos preconceitos, nossa ignorância, ao senso-comum, à superficialidade das nossas opiniões.
Depois vem, então, coagula, nossa capacidade de reunir dos destroços dos nossos conhecimentos obsoletos, pequenos vestígios de sabedoria. E passamos a construir tudo de novo, partindo do zero e da experiência.
É só então que, definitivamente, o chumbo é transformado em ouro, o metal mais precioso, símbolo do Sol e do próprio deus Apolo, Senhor da sabedoria, do conhecimento e das profecias. O ouro é a alma humana plena, sábia, divinizada.
Porém, o problema é que muitos pensam que esse processo só ocorre uma única vez e agem como se fossem pra sempre sábios todo-poderosos. Mas diferente disso, solve et coagula é um conceito que aplicamos diariamente, pois mesmo que o chumbo tenha se transformado em ouro, esse ouro pode criar pó, quebrar-se ou até se mostrar sem valor algum.
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Ref: http://www.sonodeendimiao.com.br
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